A obra em tinta óleo mais antiga (pintura mural), que sobreviveu e chegou ao conhecimento humano, data do séc. 7 A.C. A pintura á óleo alcançou máxima expressão com os mestres flamengos e holandeses, que catapultaram a técnica á óleo entre os artistas, em meados de 1600. Para exercer o ofício da pintura era necessário conhecimento de algumas susbstâncias, algo próximo da química moderna, para que o pintor pudesse produzir diferentes tintas, telas, impermeabilizantes, seladores, bases, vernizes, colas pigmentos e todos os outros materiais necessários para o feitio de um trabalho artístico. Um de seus materiais principais, a tinta, era feita através de diferentes processos de pulverização ou moagem de uma infinidade de materiais brutos, como vários tipos de minérios e vegetais. O pó resultante desse processamento, devidamente seco e de partículas finas, era conhecido como pigmento. Os artistas e médicos adquiriam seus materiais brutos e ingredientes num tipo de loja que atendia a ambos, o correspondente as farmácias de hoje. Desse modo, tintas eram feitas a partir dos mesmos ingredientes do que substâncias medicinais – mercúrio, ervas, óleos, marfim, e outros. Até mesmo o santo padroeiro dos médicos, São Lucas, era o mesmo dos artistas. O conhecimento alquímico em comum uniam ambas profissões, colocando-os praticamente no mesmo patamar. As tintas eram feitas através da dispersão desses pigmentos em óleos secantes, com o uso da moleta sobre uma lâmina de mármore, um demorado processo que exigia pratica e paciência. O pintor era praticamente um químico, ou como dizíamos antes, um alquimista. O aspirante desse ofício tinha de aprender uma variedade enorme de receitas e conhecer as reações e propriedades de inúmeras substâncias para empregar esse conhecimento em seus processos artísticos. Sem esse conhecimento, seu treinamento não estaria completo, sendo indispensável para que pudesse se qualificar como um profissional.
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Renato Filomena
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